Era a vida
Num perder de vista
Sob a lua suspensa
Sobre luz de alpendres
em noites simples
Com perfume de murta

E vieram varandas
Plenas de suspense
E delírio
Sobre o silêncio
Que vaga no vento
Aos gritos

De sobremesa
Terá de vir quintal
Com brotos de surpresa
A expandir o peito
E distrair cansaços
No parapeito

(Esther Alcântara)

1 julho 2014

Um comentário:

Joao Antonio Ventura disse...

Que bonito poema Esther. Lembranças e nostalgias. Já sentia a sua falta. Andava sem tempo ou sem inspiração, como parece dizer em "Alento"?