NADA

Cacto seco e urtigas
no jardim
formigas na boca viva
veneno acridoce
no olhar.

Nenhum lugar é lá
nenhum tempo é agora
ninguém é a pessoa.

E todas as cantigas
só lembram,
nada é presente
nada se pressente
noir.

Texto e foto: Esther Alcântara